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Como Reduzir o Erro Médico?

Dicas valiosas para médicos e profissionais da saúde!

Como se sabe, algumas situações podem potencializar ou favorecer as chances de surgir o famigerado erro médico.

I – Situações que aumentam consideravelmente as chances do cometimento do erro médico:

  1. Postura arrogante do profissional da saúde ou da equipe que o assiste;
  2. Falta de comunicação entre as partes envolvidas no procedimento;
  3. Falta de verificação de informações (checagem);
  4. Falta de interação com o paciente sobre os procedimentos;
  5. Registros incompletos;
  6. Rotinas extremamente exaustivas de trabalho;
  7. Cansaço excessivo;
  8. Falta de protocolos no ambiente hospitalar (fichas, anamnese etc.);
  9. Falta de atendimento humanizado;
  10. Falta de suporte do hospital para com os profissionais envolvidos;
  11. Profissional da saúde (dentista, médico etc) desatualizado.

II – Condutas que evitam ou mitigam a ocorrência do erro médico:

a) Comunicação no plantão é a solução!

Um dos erros mais comuns é a falta de comunicação entre as equipes plantonistas, sendo a causa primária (originária) dos erros médicos. Sendo assim, as equipes plantonistas devem se comunicar, principalmente na troca dos plantões, mesmo que os prontuários estejam atualizados, tudo com o escopo de evitar a desinformação.

Os checklists são de grande importância nesse processo. Toda equipe deve conferir os prontuários e verificar as informações antes de terminar o plantão, bem como passar o bastão do plantão à outra equipe com todas as informações possíveis.

b) Cheque as informações de forma recorrente!

Diversas falhas que levam aos erros médicos ocorrem por falta de verificação de informações, principalmente no setor público, onde há uma quantidade considerável de pacientes a serem atendidos em situações de urgência e emergência.

Em prol de uma maior agilidade, muitos profissionais se sentem, até mesmo, coagidos a não verificar as informações antes dos procedimentos. Essa é uma falha gravíssima!!!

Assim, sempre que possível, confirme as informações necessárias para evitar erros médicos. Por isso confirme, pergunte e verifique. É melhor do que colocar a sua carreira e a vida do paciente em risco.

c) Protocolos de higiene são fundamentais!

A maior parte das infecções hospitalares derivam de problemas com higienização, desde procedimentos básicos realizados pelos médicos, dentistas e outros profissionais da saúde, até a higienização dos espaços dos hospitais e clínicas.

Sendo assim, é fundamente manter os protocolos de limpeza impecáveis, pois as complicações geradas por uma contaminação hospitalar ou clínica podem ser severas, incluindo, até mesmo, falecimento do paciente.

d) Cuidado com as rotinas prolongadas!

Alguns profissionais tendem a trabalhar em hospitais diferentes ou realizar múltiplos plantões, realizando jornadas extremamente exaustivas.

Tal conduta, além de prejudicial para a saúde do profissional, aumenta as chances do cometimento de alguma falha que possa comprometer a saúde do paciente (foco comprometido).

e) Padronização dos procedimentos a serem realizados.

A padronização da utilização das melhores técnicas tem permitido que os médicos ofertem um atendimento mais preciso, reduzindo infecções e outras consequências adversas, tal como o erro médico.

f) Organização da alta confiabilidade.

É o nome atribuído a nova conduta dos profissionais de saúde que estão cada vez mais focados nos cuidados do paciente, alimentando uma cultura de confiança mútua e humanização.

g) Assessoria e consultoria jurídica.

Primordial que qualquer médico ou clínica tenha a devida atenção às dúvidas a respeito de questões documentais, contratos, termo de consentimento, observância a princípios éticos da profissão em face do Código de Ética do CRM, e, principalmente dúvidas a respeito de possíveis situações com seus pacientes, seja de maneira preventiva, sindicância, processo administrativo ou de processo judicial (civil ou criminal).

A consultoria jurídica nesta área tem o objetivo de prestar os melhores esclarecimentos para direcionar suas condutas no exercício da profissão. O fato da saúde ser o objeto dessa relação pode elevar os ânimos, desencadeando resultados desagradáveis para ambos os lados, inclusive com a possibilidade de processos judiciais ou disciplinares junto aos Conselhos de Medicina.

Dessa forma, o ideal é que o médico, quando da ocorrência de algum conflito, busque auxílio jurídico especializado para evitar que uma falha de comunicação se torne um processo ético ou judicial.